quinta-feira, 7 de julho de 2016

Comentário de Colossenses 1.1

Prefácio e saudação
(1.1) Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, (1.2) aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai.

1.1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo,

Paulo inicia sua carta com uma breve descrição de si mesmo, o “apóstolo de Cristo Jesus”. A igreja de Colossos não fora fundada¹ por Paulo e ele se apresenta para que seja reconhecida sua autoridade apostólica e assim sua carta linda como Palavra de Deus. O oficio de Apóstolo foi exercido apenas por Paulo, os doze discípulos de Cristo e ninguém mais. Um Apóstolo, tinha a mesma autoridade daquele que o enviou. Jesus é o Apóstolo de Deus Pai. Jesus é o principal Apóstolo e exerceu seu ministério terreno com toda a autoridade do Pai, rejeitar a Jesus, é rejeitar a Deus Pai. Devemos “considerar atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus.” (Hebreus 3.1 leia também Jo 14.9-11). Semelhantemente, o “apóstolo de Cristo Jesus”, exercera seu ministério Apostólico com a autoridade de Jesus. Rejeitar os ensinos do Apóstolo Paulo, é rejeitar os ensinos de Jesus. Os irmãos de Colossos ao reconhecer Paulo como Apóstolo, receberam sua carta como a verdadeira Palavra de Deus.

Paulo prossegue dizendo que seu apostolado não era por vontade de si mesmo ou dos homens, mas “por vontade de Deus”. De fato, a história do apóstolo Paulo é o testemunho e a prova da ação e eleição de Deus sobre sua vida. Paulo, antes da conversão se chamava Saulo, e perseguia cruelmente a igreja de Cristo, mas Jesus apareceu pessoalmente a ele, e o comissionou para ser seu apóstolo especial aos gentios (Leia Atos 9.1-30; 22.10-21; 26.15-18; Gl 1.13 -15).

Logo após se apresentar como o Apóstolo de Cristo Jesus, Paulo adiciona seu companheiro e cooperador, “o irmão Timóteo”. Timóteo não era apóstolo como Paulo, mas era um jovem ministro que acompanhou Paulo em grande parte de suas viagens missionárias (At 17.14-17; 18.5; 19.22; 20.4), seu filho na fé (1 Tm 1.2) que o representou nas igrejas de Tessalônica (1 Ts 3.2,6), Corinto (1 Co 4.17; 16.10), Filipos (Fp 2.19,23) e Éfeso (1 Tm 1.3). Paulo escreveu duas cartas pastorais para seu filho na fé e cooperador: primeira e segunda Epístola de Paulo a Timóteo. Embora Paulo mencione Timóteo no início de sua carta aos Colossenses, não devemos pensar que ele teve alguma participação na escrita. Apenas Paulo é o autor da carta de Colossos, note que por toda a carta ele usa as Palavras, “eu, Paulo” (Confira Cl 1.23; 1.24-2.5; 4.3,7-18).


Notas:
¹ Vimos anteriormente que a igreja de Colosso foi fundada por Epafras, “amado conservo e fiel ministro de Cristo” (Cl 1.7). Quando Paulo escreveu esta carta, ele estava em prisão domiciliar em Roma (Cl 4.3,10, 18) e Epafras visitou Paulo preso e contou ao apóstolo sobre a fé dos irmãos em Colossenses e os estranhos ensinamentos que ameaçavam a saúde da igreja (Cl 4.12-13).

² O Apostolo Paulo foi um Apostolo especialmente comissionado aos gentios (Rm 11;13; Gl 2.8). Paulo não fora discípulo de Cristo em seu ministério terreno, mas apesar disto, Jesus o comissionou diretamente na Estrada de Damasco (Atos 26.12-18). Na estrada de Damasco, Paulo não teve apenas uma visão, mas o próprio Cristo apareceu pessoalmente a ele e o comissionou ao Apostolado aos gentios. Paulo foi testemunha ocular da Ressurreição de Cristo e comissionado diretamente por Cristo. O chamado de Paulo foi especial, para ser um Apostolo para os gentios. Paulo se considerava o Apostolo fora de tempo, o último a quem Jesus apareceu (1 Co 15.3-11). Tiago, Pedro e João aceitaram a Paulo como um verdadeiro Apostolo de Cristo (Gálatas 2.9), e Deus confirmou sua condição de apóstolo pelo sinais e milagres dignos de um apóstolo (2 Co 12.12; Hb2.3-4) e pelos frutos de seu ministério (1 Co 9.2). Os Apóstolos têm um paralelo com as doze tribos de Israel. As tribos de Israel eram doze, mas a tribo de Judá se dividiu em duas, sendo assim como se fosse treze. Semelhantemente o Apostolado eram doze, mas com a morte por traição e suicido de Judas Iscariotes, Cristo acrescentou Matias no lugar de Judas e a Paulo como apostolo para os gentios, sendo assim como se fosse treze.

Bibliografia:
João Calvino, comentário aos Colossenses, editora Fiel.
William Hendriksen, comentário do NT aos Colossenses, editora Cultura Crista (CEP).
Bíblia de Estudo de Genebra, Edição Revista e Ampliada, editora Cultura Crista (CEP).
Bíblia de Estudo NVI, editora Vida.

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